Medo, esse é o principal
sentimento que se instalou e que envolve as pessoas que moram em Umarizal, pois
estamos diante de uma verdadeira guerra, onde estamos vendo nossos amigos,
nossos irmãos, nossa família perderem seus entes queridos num lamentável rio de
sangue.
Escuto as pessoas cobrarem uma
solução de nossas autoridades, como Prefeito, Vereadores, lideres políticos,
uma solução rápida e eficaz para fortalecer a segurança em Umarizal, e percebo
que todos estão gritando, pedindo literalmente por SOCORRO. Foram inúmeras ás
audiência publicas realizadas, os requerimentos solicitados e enviados ao
Governo de Estado, sem falar na manutenção diária da prefeitura para o efetivo
policial local, que mesmo não sendo o responsável direto, assume o principio da
co-responsabilidade, fazendo sua parte.
Sentimos nas entrevista concedidas nos últimos dias a FM Fraternidade pelo Juiz, pela Promotora, pela Delegada, muita preocupação com o que está acontecendo, são atitudes que a principio parecem não ter surtido muito efeito, pois a onda de
crimes não para, mas que todos são conscientes e estão debatendo o assunto com muita altivez.
Percebo uma grande preocupação
das igrejas, tanto católicas como evangélicas, considerando importante que a
paz seja reestabelecida em nosso município, e a priori elas também ajudam nessa
construção, doravante, no momento estamos precisando de uma unificação maior, uma
conduta centrada, bem elaborada e apoiada por todas, com encontros, visitas, enfim, qualquer
coisa para chegarmos ao fim disso tudo.
Concordo plenamente quando
algumas pessoas afirmam que não tem coragem de sentar mais nas calçadas,
pratica muito comum em nossa cidade, principalmente no inicio da noite para
conversar, sendo que a insegurança só permite que fiquemos dentro de casa com
nossas portas bem fechadas, e por falar em casa, na da minha mãe, aumentamos as
paredes que cercam o muro/quintal, deixando-as mais altas, reforçamos ainda os
cadeados das grades de ferro que protegem portas e janelas, trocamos as
fechaduras das portas, entre outras medidas de prevenção, tudo para tentarmos
conseguir um pouco de segurança, e mesmo com tudo isso, bastou um simples deslize,
tivemos uma motoneta do modelo Pop de cor preta roubada, num breve momento em
que ficou estacionada na calçada e um familiar entrou em casa para pegar/resolver
alguma coisa.
Mortes, assaltos à mão armando
tem virado uma constante, e não sabemos identificar que motivação tem levado a
tanta brutalidade, uns falam no aumento gigantesco do uso das drogas, outros
falam em crime organizado, em vinganças, no consumo exagerado de bebidas alcoólicas,
e no consumo compulsivo dessa modernidade, que necessita estar bem nas festas,
nos eventos populares/sociais, motivos esses que temos MEDO até de abordar e
explorar, pois preservamos pela nossa vida, pela nossa paz.
Estamos prestes a viver um
momento de acirramento politico, onde as pessoas que vão concorrer ao pleito
municipal vão ter que falar sobre o assunto da segurança, ou a falta dela em
Umarizal, contudo, gostaria de ver um grande encontro com a participação de
Rogério, Mano, Elijane, Néo, Adson, Dr. Guaraci, Washington, Armando, Chico de Brancar,
Tatá, Eliete, Galego de Mocó, Érico, Paulo Márcio, Marcos, todos num gesto de
paz, de humildade, somado ainda a outros representantes da cidade, e
principalmente cobrar dos deputados, senadores, entre outros, serias
providências, buscar alguma solução, seja reunião de bairros com
conscientização, politicas públicas voltadas para os anseios da população,
deixar de lado esse empurra-empurra de culpar, e juntos, no bem coletivo por
Umarizal vestirem a camisa com o branco da PAZ. Sabemos também que não é só
nosso município que passa por esse momento de truculência, é o país inteiro que
clama pela falta de impunidade, porém sou de Umarizal, é aqui que quero viver
tranquilo.
Não aguentamos mais, não
suportamos mais... Como é ruim dormir com medo, e acordar com a notícia de que
mais um umarizalense foi violentado, espancado, roubado ou morto, e sejam quaisquer
os motivos, não nos cabe julgar, e sim, torcer para que a JUSTIÇA possa ser
feita.
E por favor, “políticos”, o
momento não é de politicagem e sim de uma procura, seja ela incansável, mas que
seja de PAZ.
O bom exemplo precisa nascer de todos!
O bom exemplo precisa nascer de todos!
Parebéns meu querido pelo texto.
ResponderExcluirConcordo com vc em número, gênero e grau, onde vc diz que temos que fazer algo, manifestação, reunião, seja lá o que for, mais temos que fazer. Convocar a imprensa, deixar a políticagem de lado.
Se for fazer algo, conte comigo em tudo.
Um grande abraço meu bem!
Graça Pereira
Júnior, parabéns pela lucidez das palavras. Como és um homem popular e influente na sociedade, tente tomar à frente junto aos líderes da cidade, sem distinção de raça, cor, partido ou condição social. Precisamos fazer algo, não podemos esperar sentados a notícia e corrermos pra internet pra ver o relato. Que Deus nos abençõe e proteja.
ResponderExcluirSabe Júnior, foi telepatia pois ontem a noite pensava exatamente nessa atitude que a sociedade umarizalense juntamente com a classe política local, (sem os Ps - partidos) enquanto cidadãos poderiam mobilizar as autoridades no estado e em Brasília para uma ação conjunta que abranja nossa cidade e a região oeste.
ResponderExcluirE um contexto desesperador e cruel que abala a cada indivíduo, e que, diante da impunidade vai perdendo as esperanças e a confiança na justiça e na ordem pública.
Daí pode se tornar mais um agente da violência.
Belo texto.
Saudações com lágrimas.
Rosana Valdeger.
Por amor a Umarizal!
ResponderExcluirOntem a noite pensava na próxima manchete que veria hoje nos meios de comunicação sobre a violência em Umarizal.
Temendo pelos meus conhecidos, amigos, familiares e por mim, fui às lágrimas de tanta indignação e medo.
Mas o que pode ser feito pela sociedade umarizalense unida à classe política local, (isenta dos partidarismos)e agindo como cidadãos comuns?
Uma mobilização junto às autoridades do estado e também em Brasília para uma ação conjunta que abranja nossa cidade e a região oeste, constituindo-se num grande fórum de debates para a elaboração de estratégias de enfrentamento à violência composto por representantes da sociedade organizada como conselhos de bairros, sindicatos, associações, ongs, igrejas, poder público, representantes do judiciário, polícias civil e militar, estudiosos da segurança pública e quem mais se interesse pelo envolvimento sério e comprometido com a causa.
O que vemos nas dezenas de comentários anônimos neste e em outros espaços virtuais de informação a cada tragédia ocorrida, é muita indignação e medo, aliados a uma busca pelo culpado ou culpada.
É um contexto desesperador e cruel que abala a cada indivíduo, e que, diante da impunidade vai perdendo as esperanças e a confiança na justiça e na ordem pública.
Cada um de nós é co-responsável pelas boas ou más políticas de gestão pública pois além de elegermos os representantes devemos participar junto com eles e elas, sugerindo, cobrando e criticando construtivamente.
Creio que falar de A ou B, de branco ou de preto, de feio ou bonito, levará a lugar nenhum.
Temos que pensar construtivamente e principalmente buscar o lugar certo para a nossa indignação, fazendo de nossa voz um instrumento na construção da PAZ, neste momento de tanto lamento e lágrimas.
Saudações umarizalenses.
Rosana Valdeger.
Servidora pública estadual.